20 October 2010

“And the leaves that are green turn to brown”

Hoje apercebi-me, uma vez mais, que o tempo não espera. Vai escorregando por nós quando o tentamos prender nos nossos braços, imortalizá-lo, sufocá-lo e ficar com ele, só mais um bocadinho. Ele segue alheio à nossa presença, alienado de tudo quanto existe e é efémero. Triste somos os que vivemos sem saber que um dia, tudo tem um fim. Ou sejamos talvez felizes na ignorância da ceifeira? Hoje estou triste porque sinto o momento a deslizar, de mansinho. A vida é muito mais do que simples lamentos. A vida tem de ser sacudida, remexida, pisada com as botas, sentida com o corpo, gritada com a alma, lavada pelo mar e embalada pelo vento.



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