11 July 2010

Como Peixe no Frigorífico


O que faz a água que mata a nossa sede, nos abraça num mergulho fresco, nos separa por kilómetros, infinita?
O que faz o tempo que corre lento, sem parar, sem respirar, que nos une e separa e torna a unir, como se nunca nos tivesse visto longe?
O que somos nós senão feitos de momentos, aqueles instantes que, assim que se pensam neles, já desapareceram, já não existem senão num plano fictício como um pontilhado estendido pela memória, fundidos no espaço?
A amizade preenche, resiste. Tem força para penetrar nuvens escuras e trazer o Sol. Tem alegria contagiante em tempos ruins. Tem capacidade de nos trazer a fome e vontade de comer o peixe do frigorífico para o resto da vida.
Obrigada P&B.

No comments:

Post a Comment