26 June 2010

O Colchão Malandrinho


11 de Junho. "Primeiro dia do mundial de futebol. Afastamo-nos cada vez mais da civilização, dos telemóveis e da internet. Quando chegámos ao parque de campismo os três rapazes cozinharam. Enquanto cozinhavam e cantavam à luz mirrada das lanternas de cabeça eu ia bebendo vinho branco. Sim, branco!! Enganámo-nos na caixa no supermercado, mas a verdade é que mesmo branco, doce e quente se bebeu muito bem.
O pior de tudo foi a noite. Uma tenda mínima. Eles bem insistiram em comprar uma para cada pessoa, mas nós as duas não nos importamos de partilhar e até caberíamos, se não fosse o meu super colchão de ar... Até parecia que a tenda não fechava. Para quem ansiava por uma noite na tenda sob as estrelas e caminha boa, enganou-se e bem!"

14 de Junho. "Ontem à noite quando cheguei à tenda tinha o colchão a esvaziar. Já não bastava esta relíquia estar a rebentar por dentro e a fazer altos que nem almofadas na zona das pernas, quanto mais agora nem colchão nem nada. Tapete. Após esta noite com o rabo no chão e a cabeça no ar, tipo poltrona, descobri o buraco de manhã e tapei-o. Escreveu a sua sentença."

Memórias de Inverno - Junho 2010

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